“No final tudo dá certo.”
Sempre detestei este tipo de consolo. A começar pelo óbvio: no final, morremos. Eu sei que isso é spoiler, um detalhe incômodo, mas é assim que é . No final, morremos.
Depois? Talvez poeira cósmica. Andar pelas nuvens de camisolão . Voltar como bebê e recomeçar do zero. Aí, amigos, é uma questão de crença. Mas, seja qual for a alternativa, essa não é a minha ideia de “dar certo”. Duvido que seja a sua. Por isso, vamos ser sinceros uma vez na vida. No final, morremos. No final, tudo dá errado.
E o final, muchachos, é amanhã.
Amanhã é um dia triste.
Sem essa de panos quentes, não cantarola “levanta e sacode a poeira”, faz favor, não diz que “a revolução é interior”, isso é mentira, te peço, não vem lembrar que a vida tem coisa boa, o novo Woody Allen, praia, picadinho, cachoeira, amor, beijo no cangote, paçoca.
Tristeza é pra respeitar.
Amanhã é um dia triste pra caralho.
Nota da redação: notas do golpe